Passou pouco mais de um mês sobre o dia em que a Sandra me ligou abalada a perguntar “passou-se alguma coisa com o Pedro? estão todos a dar-lhe os pêsames” e intuitivamente lhe respondi “vê lá a Carolina”. Do outro lado ouvi um “não acredito, a Carolina..” e foi como um murro no estômago.
Conheci-te em 2009, quando as OMG começaram a dançar nos concertos do Reflect. Passado algum tempo, começaste a namorar com o Pedro e foi engraçado acompanhar a tua influência, as pequenas mudanças. Ainda há pouco tempo estava a jantar com ele e “gozei” com a blusa rosa, que obviamente, foste tu que escolheste. As piadas que fazia nos comentários das fotografias “lamechas” eram a partilhar a vossa felicidade contagiante.
Ao longo destes anos fotografei-te centenas de vezes. Há um mês atrás tirei muito poucas, desculpa, porque nunca as queria ter tirado.
A família Kimahera ficou mais pobre. A perda não foi da minha família de sangue mas o sentimento que perdura diz-me o contrário. Ontem enquanto conduzia passou na rádio a música Another Love e espalhou-se uma angustia indiscritível. Por isso não consigo imaginar o que tu, Pedro, estás a sentir. A cada música, a cada texto, a cada fotografia, a cada vídeo. As palavras de pouco valem nestas situações, disse-te o quão impressionado fiquei com o teu discernimento num momento destes, mas não te disse o quanto te admiro. És um exemplo de força, determinação, de amor. Inspiras esta família que suportas, que se revê nos teus ideais e que, nunca te esqueças, também está aqui por ti e para ti.
Dança enquanto esperas por nós e pelo “tê” Pedro, Carolina.
Mentira, não voltei, porque nunca me fui embora. Fiz questão de arquivar vários anos de conteúdo e começar algo novo, no sítio do costume, pronto a entrar em 2014 com os dois pés no ar. Não me consigo desligar dos weblogs, mas não vou fazer promessas. Pelo menos um post já está.